No começo de dezembro, a operadora Schultz promoveu a primeira fase do projeto “Travel in Brazil”: A Europa Brasileira. Eu fui um dos afortunados a fazer parte do famtour da Europa Brasileira.
Antes de iniciar o relato, preciso falar diversas coisas sobre o incrível projeto Travel in Brazil.
Ah, pra quem não sabe, famtour é um tour de familiarização. Basicamente, quando a operadora de turismo cria um roteiro. A operadora, antes de vender o roteiro, chama agentes de viagens e membros da imprensa especializada para conhecer o produto. Dessa forma, é possível que os agentes conheçam bem o que ofertarão a seus clientes. Assim como, os membros da imprensa podem falar bem (ou mal) do mesmo. E, ainda, como é o caso da Schultz, os participantes podem opinar sobre o que funciona e o que não funciona no roteiro. Por exemplo, no caso da Europa brasileira, tiramos algumas coisas do roteiro porque, a princípio elas pareciam bacanas, mas no fim do dia… Meh.
Agora, preciso esclarecer alguns detalhes técnicos que tornam esse projeto incrível.
Oportunidades surgem em crises. Foi durante o lockdown em Portugal, que um certo senhor (sofrerei represália por usar o termo) viu uma oportunidade. Aroldo Schultz procurava formas de realizar turismo seguro e sustentável durante a pandemia. Bem como, diversos brasileiros querem viajar ao velho continente. Mas, não podiam.
Sendo assim, Aroldo resolveu explorar o pedaço do velho continente que existe no Brasil. Afinal, durante o século XIX o país recebeu milhões de imigrantes europeus. Muitos dos quais habitaram os três estados do sul brasileiro. Cidades que mantiveram traços e diversos costumes europeus. E muitas das quais, transformaram esses costumes na moda brasileira.
Ainda assim, a princípio, viajar não parecia ser uma ideia tão sensata. Entretanto, viajar era sim possível, desde que fossem respeitados os protocolos de segurança. Uso de máscaras, distanciamento social e higienização das mãos.
Aroldo, então, aproveitou e aplicou o método Europa Mundo de viagem. O que isso significa?
São circuitos rotativos. Os ônibus não param; eles partem do ponto A, passam por B, C... X etc, até retornaram ao A e reiniciarem o circuito.
Basicamente, todo tour da Europa Brasileira se inicia na sexta-feira em Curitiba. Domingo ele sai para Balneário Camboriú. Terça vai em direção a Florianópolis. Quinta parte Gramado e Canela. Domingo segue em direção a Bento Gonçalves. Terça pra Treze Tílias e, por fim, retornando sexta-feira a Curitiba.
Durante todos esses dias são visitadas diversas cidades, por exemplo, Pomerode e Nova Petrópolis.
Um grande diferencial da Europa Brasileira é que as cidades citadas acima, que possuem pernoite, serão sempre pontos de início de roteiro. Em outras palavras, ninguém precisa fazer o roteiro completo de Curitiba a Curitiba. Ele pode iniciar em Curitiba e fazer até Florianópolis. Se ele já morar na capital paranaense pode muito bem sair no domingo dela pro resto do roteiro. Bem como, pode ser realizado o trecho de Bento Gonçalves a Bento Gonçalves. Ou, se quiser, de Bento até Gramado.
No total são 73 opções de roteiros!
A Europa Brasileira também é um roteiro muito histórico. Nele é possível aprender muito sobre um trecho da rica história do Brasil. Especialmente a história do século XIX, focada na imigração europeia. Pedaço de história que foi de suma importância pro nosso país.
A Europa Brasileira possui muitos diferenciais. Um deles é que as viagens são sempre diurnas. Sem essa de pegar estrada à noite, dormir no ônibus e acordar como um pacote de salgadinho. No roteiro da Europa Brasileira se dorme somente no hotel! Bem, os ônibus são muito confortáveis, então uns cochilos aqui e ali sempre tem!
Aproveitando esse diferencial da Europa Brasileira, já engato outro; ninguém gosta de ficar fazendo e refazendo malas. Por isso, todas as cidades possuem, pelo menos, duas pernoites. As exceções são Gramado e Canela, pois lá são 3 pernoites.
E ainda, voltando a falar em ônibus, na Europa Brasileira os trechos rodoviários são curtos. As exceções são de Florianópolis a Gramado e Treze Tílias a Curitiba. Entretanto, nesses trechos há paradas incríveis no caminho. Pra muita foto, excelente gastronomia e atrativos muito informativos!
Outra coisa importante de se notar é que dependendo do número de passageiros o roteiro é realizado em uma van. Mas não se preocupe, a van é muito aconchegante e, como o ônibus, possui wi-fi e uma geladeira. Além disso, durante a pandemia, nenhum dos ônibus (ou van) sairá com a lotação máxima.
Além disso tudo, a Europa Brasileira tem outros diferenciais para proporcionar ainda mais conforto.
Saídas garantidas com pelo menos 2 passageiros. Remarcação sem multa até 20 dias antes do embarque.
Os veículos também são higienizados todas as noites.
Um guia extremamente qualificado te acompanhará a viagem inteira (mesmo se tiver somente dois passageiros!). Por fim, em algumas cidades ainda terão guias locais.
Ah, e os pacotes vem com o seguro viagem Vital Card, isso pra garantir que a viagem seja bem tranquila!
Um pequeno adendo para os 7 leitores desse blog, esse artigo terá muito mais fotos que o de costume!
Finalmente, sem mais delongas, começo o relato do famtour da fase 1 do Travel in Brazil; A Europa Brasileira.
Por ser um circuito rotativo, todas as saídas da Europa Brasileira iniciam-se nas sextas-feiras, em Curitiba. Entretanto, neste dia é o dia de traslado até o hotel. É possível adquirir um opcional de uma janta no Bar do Alemão. Para quem não conhece, este é um dos ícones da boemia da capital paranaense. Nele destaca-se o famoso submarino. Um copo grande e gelado de chopp, com uma dose de steinhäger em um pequeno copo submerso no chopp. Além disso, pessoalmente, adoro a batata frita rústica deles. Infelizmente não pude ir neste dia, pois decidi cultivar o hábito de arrumar minhas malas no último momento possível.
O primeiro dia de atrações é talvez um dos dias mais movimentados do roteiro. Nele visitamos alguns dos principais pontos turísticos de Curitiba. Vale notar que todos os dias da Europa Brasileira começam cedo. Geralmente às 8 da madrugada e, às vezes, às 9 da matina. Mas, acredite, isso é bom. Fica bem melhor pra aproveitar o dia de turistagem, tirando que dessa forma é possível ir aos pontos mais badalados quando tem menos pessoas neles. E pra tudo isso funcionar; não devem haver atrasos. Geralmente porque diversas das atrações são com hora marcada, especialmente os almoços. Acredite, novamente, você não vai querer perder nenhum desses almoços.
De qualquer forma, na recepção do hotel foram realizadas as primeiras apresentações do famtour. E antes de subir no ônibus todos tiveram suas temperaturas checadas. Processo que ocorre diariamente na Europa Brasileira durante esses tempos atípicos.
Pensei em diversas formas de escrever minha experiência nos 14 dias do famtour. Inicialmente escreveria sobre todos os pontos turísticos, mas aí me dei conta que isto deveria ser um artigo pro blog, e não uma monografia. Portanto, fica mais fácil separar os dias por manhã e tarde. Soltando uma ou outra curiosidade/relato/piada-sem-graça sobre os pontos. Bem como, para os que fizerem a Europa Brasileira, vou deixar esse texto livre da parte histórica do roteiro. Deixarei isso para as maravilhosas (e maravilhosos) guias que acompanharão os grupos.
Estávamos ante a pior estiagem da história do Paraná. Mas no dia do famtour voltamos ao clima muito típico de Curitiba. Garoa fraca e consistente, junto com um céu nublado e cinzento. Felizmente, o tempo não abateu o humor da galera. Foi só um pessoal do litoral do sudeste e do nordeste que lentamente tornaram-se azuis perante a agradável e amena temperatura de 15° C.
Devaneios sobre o clima curitibano à parte; a constante garoa impediu o nosso walking tour pela cidade. No início da manhã, a princípio, deveríamos ter dado uma agradável caminhada pelo centro da cidade e seu centro histórico. Tivemos de improvisar e então foi realizado o tour panorâmico de ônibus.
A equipe estava um tanto apreensiva, afinal, era o dia “D” do ambicioso projeto cujo a Schultz estava a meses trabalhando pra dar vida. Entretanto, na medida que as guias Renate e Ieda começavam a falar sobre Curitiba, a apreensão ia aos poucos sumindo. E o que tomava conta era uma radiante alegria.
Bem, os pontos visitados pela manhã foram diversos; começando pelo bus tour pela Praça Tiradentes, passando pela Praça Santos Andrade e o Teatro Guaíra. Indo em direção ao centro cívico e com a primeira parada no Bosque João Paulo II.
Após um tempo no bosque, voltamos para o ônibus e seguimos em direção ao Bosque Zaninelli. Mais conhecido como Universidade Livre do Meio Ambiente (ou ainda mais conhecido como UNILIVRE). Nessa altura todo mundo já estava bem acordado e ainda mais animado. Além disso, Curitiba começou a roubar suspiros de surpresa dos integrantes do famtour.
Uma rápida menção a UNILIVRE, pois ela é um local bem diferenciado. Lá são feitas diversas palestras e aulas ao ar livre. Tanto para universitários quanto para a população geral. Além disso, existe uma grande construção em eucalipto com salas de aula. O local, antes uma antiga pedreira, agora é um ponto sobre educação ambiental.
Da UNILIVRE fomos à famosa Ópera de Arame, e lá os suspiros que a capital paranaense roubou foram maiores. Sempre achei curioso esse tipo de coisa, bem como, serviu como aprendizagem. Como curitibano, conheço os pontos turísticos de minha cidade, mas, quando os visito por conta... Não há este encanto da “primeira vez”. Foi então com esse famtour que pude olhar novamente para minha cidade. Parte do encanto que eu achava que estava perdido, percebi que somente havia tomado outra forma. Talvez isso possa ser coisa minha, ou não... De qualquer forma, fiquei ainda mais seguro que o roteiro da Europa Brasileira seria incrível.
A manhã ainda não havia acabado! Restavam ainda duas visitas antes do banquete no Madalosso. Uma visita ao parque Tanguá, considerado o parque mais bonito de Curitiba (e um dos mais bonitos do Brasil). E também o Parque Tingui, neste parque está presente o memorial ucraniano. Lá ocorre todo ano um baita evento de pascoa celebrando a cultura ucraniana. Além disso, no parque Tingui tem uma réplica da Igreja São Miguel Arcanjo e, também, uma pequena homenagem às vítimas do Holodomor.
Há dois tipos de curitibanos: os que foram no Madalosso pra um casamento, e os que foram no Madalosso pra outra coisa e pra outro casamento. O restaurante é tão grande que eles têm que enviar grupos de resgate a cada duas horas para clientes que se perdem.
Piadas à parte, a primeira manhã da Europa Brasileira abre o apetite, e há poucos lugares tão capazes de acabar com este apetite como o Madalosso. Entre as massas e carnes, os pequenos pratinhos vão se enchendo dos ossos das asinhas de frango devoradas. Além disso, o vinho por lá é livre, de produção local. Não é aquele tipo que se para pra degustar e cuspir no baldinho. Ele tá mais pra aquele tipo de vinho que se toma aos domingos ensolarados e preguiçosos durante um almoço com toda a família. Inclusive que estão presentes aqueles primos distantes, cujo nome você escutou somente uma ou duas vezes na vida.
Pra completar, sua tia te põe na berlinda frente a frente com ele; os dois sorriem e acenam constrangedoramente sem ainda ter a mínima ideia do nome um do outro. De qualquer forma, essa estranha e inusitada qualidade era perfeita pro primeiro dia de viagem.
Afinal, passaríamos diversos dias juntos, e há poucos lugares melhores pra se conhecer do que um banquete em um local acolhedor.
A tarde era bem mais tranquila. Haviam apenas dois pontos pra se visitar antes de encerrar o dia. Uma visita ao Museu Oscar Niemeyer (ou Museu do olho, ou MON). E, por fim, um passeio pelo cartão postal de Curitiba, o Jardim Botânico. Quem tiver sorte e for em um dia ensolarado, poderá ver um belíssimo pôr-do-sol no Jardim Botânico. O horário dá certinho para isso. A noite é livre, e o hotel fica no centro de Curitiba. Para quem quiser, não faltarão opções de coisa pra se fazer. Por minha vez, eu ainda precisava voltar pra casa e terminar de arrumar as malas.
A saída de Curitiba é às 8 da madrugada, com chegada prevista em Balneário Camboriú pelas 10 e pouco. Ao chegar, a chuva nos acompanhou por todo o caminho. Mas ninguém se deu por derrotado, e com os guarda-chuvas vermelhos da Schultz enfrentaríamos qualquer tempo.
A única visita neste dia de roteiro é uma das mais novas e mais interessantes da cidade que tem muito a oferecer. O Oceanic Aquarium.
Que lugar! E tivemos a sorte deles terem recebido mais dois tubarões no dia anterior. Mais sorte ainda por ser a primeira vez que eles estavam sendo alimentados no local. Os funcionários lá estavam preocupados com os “bichanos”. Os tubarões vieram dos Estados Unidos e não estavam comendo! Felizmente, com um pouco de insistência, deu tudo certo. Vale notar que o Oceanic Aquarium trabalha com animais resgatados e feridos, e após tratados eles serão devolvidos à natureza.
Ah, e cada tanque lá é mais lindo do que o outro.
Nessa altura, quem fizer a Europa Brasileira estará livre pra explorar Balneário Camboriú. A praia é muito segura e tem muita, mas muita coisa mesmo a se fazer. Opções não faltarão. No papel, este era pra ser um dos dias mais livres da Europa Brasileira, entretanto, o famtour foi convidado para algumas atrações na Dubai Brasileira.
O primeiro deles foi um almoço no restaurante Quarta Estação, na praia de Laranjeiras, onde tivemos que pegar o teleférico. Não fosse o tempo ruim, teríamos tido a chance de passear no barco pirata. Pelo menos, tivemos tempo de sobra pra aproveitar o almoço arregado de frutos do mar e, apesar da chuva, a bela visão de Balneário Camboriú.
O bacana é que a volta com os bondinhos foi com emoção. Ficamos um tempo parados por qualquer razão. Quando o grupo se reencontrou, alguns haviam perdido toda a cor do rosto e piadas foram feitas. Caso isso aconteça contigo, não se preocupe. A tecnologia usada nesses bondinhos é de ponta. É usado na Europa, produzido pela empresa ROWEMA, o mesmo dos alpes suíços.
Volta pro hotel com um tempinho livre. Antes da janta, o Aroldo surpreende o pessoal com champagne. E a janta também surpreendeu... Fomos para o Restaurante Dudu. No qual o chef, Dudu Poerner, foi finalista do mestre dos sabores. Se tem uma coisa que se espera em restaurantes de alta-culinária, é qualidade incrível. Qualidade no atendimento, ambiente e, obviamente, qualidade na comida. E se tem uma coisa incrível no Restaurante Dudu, é que mesmo assim a qualidade nesses quesitos surpreende.
Dia carregado de história! (E mais chuva). Para a parte da história, recebemos a terceira guia da Europa Brasileira, a Carla. Inicialmente, as futuras viagens serão somente com um guia acompanhando o grupo inteiro durante a viagem (e mais os guias locais). Na escala inicial estão presentes a Carla, Ieda e Renate. Independente de qual acompanhar a viagem, você estará em ótimas mãos. Mas cuidado com a Renate ou, também conhecida como, “sargentinha”. Fila indiana para todas as atrações e aí se atrasar um segundo! (Com Carla e Ieda você pode atrasar até, no máximo, dois segundos).
Brincadeiras à parte, novamente saímos às 8 horas de Balneário Camboriú em direção à Pomerode.
Neste dia, provavelmente é o qual ocorreram as maiores diferenças do famtour para um dia típico da Europa Brasileira. Ganhamos algumas atrações, outras estavam fechadas devido a pandemia. Caso queira saber exatamente sobre o roteiro comum, acesse o site www.travelinbrazil.com para baixar o roteiro.
A cidade mais germânica do Brasil é um título autoexplicativo. E é nessa cidade que o tema Europa Brasileira vem como uma “gentil” voadora nas costas. No meio do vale do Itajaí, cercada por colinas, muito verde, essa pequena cidade possui muitas casas em enxaimel. É como se em alguma saída de Balneário Camboriú um portal fosse atravessado e, em um piscar de olhos, você se encontrasse numa cidade do interior da Alemanha.
Isso fica bem evidente pela passada do Portal Wolfgang Weege, réplica do Portal de Stettin. Mas antes de começar a linda rota do enxaimel, tem uma parada inclusa no museu do automóvel de Pomerode. Gosta de carros antigos? Não vai querer sair... Não se importa com carros antigos? Vai aprender...
Após a visita (e extensa sessão de fotos) no museu do automóvel. Fomos no simpático passeio com o trenzinho Pommerzung. No qual realizamos parte da rota do enxaimel ao som de música típica alemã. E, no meio da rota, uma parada na Delicaten Haus. Prepare-se para comprar deliciosos e diversos quitutes tipicamente alemãs por lá! E, também, ouvir histórias da simpática dona.
Após isso, temos uma parada no centro de Pomerode. Quem não tiver comprado o suplemento de almoço, terá tempo de sobra pra visitar o zoológico de Pomerode. Ou, a cervejaria Schornstein.
A princípio o almoço incluso no suplemento da Europa Brasileira é no restaurante Pomerode. Mas, devido a pandemia, não teve este almoço. Foi então que fomos no restaurante Wunderwald... E que comida boa!
Joelho de porco e marreco recheado, em um local que parece uma taverna medieval. Ah e, obviamente, tem chopp gelado pra acompanhar o banquete. Pessoalmente, este foi um dos meus locais preferidos pra almoçar. Além da boa comida, teve toda a ambientação antes do almoço. Mas, quanto mais eu penso, mais difícil é escolher o meu local preferido de almoço da Europa Brasileira. Não que eu devesse ou precise, só que para alguém que pensa com o estômago esse tipo de coisa acontece naturalmente.
Não há sequer um restaurante ruim na Europa Brasileira, e os que foram incluídos, foram escolhidos a dedo. E os que contam como opcional é porque o local oferece diversas opções incríveis.
Antes de propriamente explorarmos Blumenau, fizemos uma parada na Fábrica da Karsten. E o famtour da Europa Brasileira foi convidado na sequência para visitar a fábrica da cervejaria Blumenau. A visita na cervejaria achei bem bacana, tirando que a premiada IPA que ganhamos de brinde era excelente. O próprio dono contou para nós como é realizado todo o processo da produção das cervejas Blumenau. Ah, e eles estão reformando o local e criando uma ótima infraestrutura para turistas.
Fizemos uma parada estratégica no hotel Slaviero Blumenau... Caso não saiba, em alta temporada Balneário Camboriú recebe muitos turistas. Dessa forma, se o Slaviero de Balneário estiver cheio, o de Blumenau que está ali pertinho, estará disponível! Vale notar que além dos restaurantes escolhidos a dedo, os hotéis também foram!
Por fim, uma merecida parada na Vila Germânica. Lá você terá tempo o suficiente pra conhecer, andar e comprar.
A Vila Germânica é a casa do famoso Oktoberfest de Blumenau. Visitei o evento somente uma vez, e nunca visitei a Vila Germânica fora dessa temporada. Fiquei agradavelmente surpreso. O local estava muito bonito e totalmente enfeitado para o natal. Além disso, pudemos fazer uma degustação de cervejas e petiscos.
Blumenau leva a sério a produção de cerveja, tanto que lá possui cursos profissionalizantes na área. Todo esse trabalho duro se mostrou evidente em todas as cervejas que provamos. Bem como, as explicações de porque tomar aquele tipo de cerveja com aquele tipo de petisco. Se você é fã de cerveja, visite Blumenau. De preferência, visite com a Europa Brasileira!
Na Vila Germânica todo mundo estava bem animado, tão animados que aceitamos prolongar um pouco nossa estadia por lá. Após isso, voltamos para Balneário Camboriú e jantamos no restaurante O Pharol.
Esses dois dias foram bem corridos na Europa Brasileira. Já o turista que fizer parte da primeira fase do Travel in Brazil terá mais tempo livre e poderá optar por diversas opções presentes nas cidades. Em especial Balneário Camboriú e Blumenau. Por exemplo, em Balneário foi inaugurado a FG Big Wheel, e logo será inaugurado a pizzaria do pirata. Bem como, um museu do automóvel na cidade. A Vila Germânica, por sua vez, está cheia de lojas pra se visitar. Lá é possível comprar outras coisas além de cerveja. Muita linguiça para acompanhar essas cervejas, queijo também. É também possível comprar diversas lembranças, muitas das quais são temáticas da cultura alemã.
Deixamos a região já com saudades. Essas três cidades sabem como cuidar muito bem de seus turistas. Novamente, na Europa Brasileira ou não, recomendo muito passar uns dias por lá. Ao sairmos o tempo também abriu, e dessa vez foi o sol que nos seguiu, não a chuva. A segunda metade da Europa Brasileira prometia um ótimo tempo!
Antes de começar o relato sobre o dia em Florianópolis, devo dizer que sempre terei um valioso apreço pela capital catarinense. A ilha é magnífica. E uma coisa que a Europa Brasileira fez, foi fazer esse apreço aumentar. Lá contamos com a presença do primeiro guia local, o Mário. O conhecimento dele sobre sua cidade é absurdo. Posso até considerar um diferencial da Europa Brasileira (e com certeza esse diferencial será carregado para as outras fases do Travel in Brazil); Aroldo escolheu guias incríveis para este roteiro.
Tenho que abrir um parêntese no texto pra falar um pouco sobre os guias. Primeiramente, na Europa Brasileira os guias que acompanham o grupo do começo ao fim são tecnicamente chamados de gestores operacionais. Isso porque o trabalho vai além de dar as explicações sobre os pontos turísticos. Eles também manterão tudo em ordem no decorrer de toda a viagem.
Segundo: O conhecimento das três iniciais, Carla, Ieda e Renate é incrível. Durante a viagem, se tiver dúvidas sobre a história, sobre os locais que estão visitando, etc. Pergunte! Pois qualquer uma delas que estiver acompanhando você e seu grupo pela Europa Brasileira, elas saberão responder!
Por fim, os guias locais também são incríveis. Eles estarão presentes em Florianópolis, Gramado e Canela, Bento Gonçalves e Treze Tílias. No entanto, isso pode sofrer algumas mudanças de acordo com disponibilidade no dia.
A manhã na ilha é passada no centro dela, lá conhecemos a praça XV de novembro, e a Catedral metropolitana. Em um dia comum da Europa Brasileira, o turista também visitará o Palácio Cruz e Sousa. No dia do famtour, infelizmente, ele estava fechado para visitação. O almoço é livre. O mercado municipal fica ali do lado. Lá não faltam opções, para todos os gostos e bolsos. Além disso, há diversas outras lojas pra comprar lembrancinhas da ilha no local.
Mas antes do almoço, ganhamos outro mimo... Recebemos um passeio no Barco Pirata de Florianópolis! No passeio de barco é possível ter uma visão muito bacana da ilha e do continente. E, obviamente, rende muitas fotos. Contudo, pra quem conhece Florianópolis já sabe... A ilha é magnífica, lugares para fotos não faltam!
Após o passeio de barco, voltamos pro centro e almoçamos.
A tarde em Florianópolis é a tarde dos mirantes. Começando pelo mirante da ponte Hercílio Luz. Se você tiver medo de altura e de pontes que tremem... Você terá uma chance única de enfrentar esses medos! Mas, não se preocupe, a ponte passou por uma extensa (e cara) reforma, é completamente seguro.
Mais pro fim da tarde nós visitamos Ribeirão da Ilha. Esse bairro de origem açoriana talvez seja um dos que melhor descrevem a Europa Brasileira. Diversos adjetivos vêm à minha mente para descrever Ribeirão da Ilha. Entretanto, o que mais se destaca é "serenidade". É um local perfeito pra se passar uma tarde sozinho contemplando a paisagem, ou passar com as pessoas mais próximas de você aproveitando a companhia e a vida. A hora dourada se aproximava naquele fim de tarde em Ribeirão da Ilha e, apesar das nuvens no céu, a tarde fora fechada com chave de ouro.
Na volta, uma parada no Mirante Morro das Pedras e a volta para o Hotel. O pensamento era “que outras belezas eram guardadas pela ilha?”
O sexto dia do famtour da Europa Brasileira era o último dia de diversos dos integrantes. No dia 7, diversos outros embarcaram pra desfrutar as belezas que o sul do Brasil guardava.
A primeira parada do dia foi no Mirante da Lagoa da Conceição. Ali temos uma visão praticamente completa da lagoa, bem como das dunas. Uma excelente parada pra fotos (como todos os mirantes da cidade). Após isso seguimos para a praia da Joaquina. Esta talvez seja uma das praias mais bonitas de Florianópolis. A cor do mar, a visão das pedras, as dunas no fundo, simplesmente não há descanso para os olhos.
Não muito longe dali, estava o destino do almoço... O restaurante Rancho de Canoa. Uma coisa que você já deve ter percebido, é que na Europa Brasileira ninguém passa fome. Este restaurante, no entanto, possui um baita diferencial. Além do excelente camarão, a visão do restaurante é incrível. Lá você almoça em um deck com uma visão muito bacana pra lagoa. É o tipo de lugar que você poderia facilmente gastar uma tarde, ainda mais com a música ao vivo que rola por lá!
Essa tarde da Europa Brasileira foi uma das que mais sofreu alteração. Após o almoço no Rancho de Canoa, nos apressamos pra Jurerê Internacional. Entretanto, chegar lá era bem complicado e não agregava muito pra parte histórica do roteiro. Aroldo perguntou pros agentes e, então, tirou essa praia do roteiro. Dessa forma, poderíamos ficar mais preguiçosos durante a hora do almoço, bem como, aproveitar mais o próximo destino... Santo Antônio de Lisboa.
Os fins de tarde em Florianópolis na Europa Brasileira possuem uma sinergia incrível. Terminando em dois bairros tipicamente lusitanos, serenos e belos. A diferença é que em Santo Antônio de Lisboa é que comemos ostras, alguns comeram muitas ostras. E ali eu aprendi algo muito importante; eu não gosto de ostras.
Enfim, ali o povo estava bem animado e ninguém queria sair. A combinação das ostras, da paisagem, da cerveja e da boa companhia foi sensacional. Voltamos então cantando para o hotel.
Com os novos integrantes, o famtour da Europa Brasileira saiu com animação em direção ao Rio Grande do Sul. Neste dia é um dos maiores trechos de estrada, entretanto, devido a paisagem e as paradas estratégicas você nem sente.
Na estrada, uma das que mais se destaca é a passagem pela ponte Anita Garibaldi, em Laguna. E uma das paradas é no Mirante Rota do Sol. Ali temos uma visão incrível para a Serra Gaúcha. E um bom tempo de parada pra brincarmos na balança.
Por fim, chegamos a Canela próximo do fim da tarde. Sobrou tempo pra visitar a Catedral de Pedra e andar um pouco por essa amigável e bela cidade.
Canela e Gramado são cidades surpreendentes. Possivelmente, de todas as cidades visitadas na Europa Brasileira, elas são as mais “europeias”. Isso se deve muito a arquitetura presente nas duas cidades. Mas, não é isso a coisa que mais se destaca nas duas cidades.
O primeiro é a educação desse pessoal. Por exemplo, lá estava eu tentando encaixar toda a catedral de pedra na minha lente. Até que um morador da região perguntou se eu queria que ele tirasse a bicicleta dele pra eu bater a foto. Falei que não precisava e até fiz questão de deixar a bike dele na foto pra lembrar desse momento. Não fosse o suficiente, ele até deu dicas de uns pontos bacanas e menos frequentados pra tirar fotos da igreja.
O segundo é que não há semáforos na cidade. Eu até entenderia isso em uma cidade pequena e com poucos turistas. Mas estamos falando de Canela e Gramado. Essas cidades recebem milhões de turistas. Independente do trânsito, se você estiver na faixa de pedestres, os motoristas vão esperar as pessoas passarem.
Antes de oficialmente começar o dia do famtour da Europa Brasileira, recebemos no grupo a presença do guia local, Julian (ou mais conhecido como Prefeito!). Como todos os guias que passam pela Europa Brasileira, bem como futuramente de todas as fases do Travel in Brazil. Julian é um sujeito muito simpático e com um conhecimento incrível de sua cidade.
Começamos o dia então no Cristais de Gramado. Um ponto muito interessante no qual damos uma espiada em como são produzidos cristais. Após a interessante e instrutiva visita no Cristais, vamos até o Lago Negro.
A volta pelo Lago Negro foi ótima para abrir o apetite... E precisaríamos, afinal, o almoço prometia ser outro banquete. Mas, ainda, tínhamos uma rápida parada no famoso pórtico de Gramado.
Após a rápida sessão de fotos por lá é que fomos à uma das melhores galeterias de Gramado, o Galeto Mamma Mia. A competição de galeterias em Gramado é feroz, tem uma melhor que a outra... Em ordem pra uma delas se destacar, tem que ser muito boa mesmo. Além da excelente comida, o atendimento lá é ótimo, bem como, a história do local é muito bacana. Quando for, pergunte aos guias, ou até mesmo pro dono Julinho se ele estiver por lá.
Pós almoço retornamos para Canela. Ah, caso não saiba, as duas cidades estão a menos de 7 quilômetros uma da outra. Em Canela nós fomos conhecer o Parque Estadual do Caracol. Uma coisa que ficou evidente no Mirante Rota do Sol, é que a beleza da Serra Gaúcha é absurda. No Parque do Caracol, foi apelação.
Primeiro começamos pegando os bondinhos pra fazer a trilha lá em cima. Um passeio bem sossegado, praticamente meditativo. Depois, descemos com os bondinhos e aproveitamos o mirante olhando para a cascata do Caracol.
Entretanto, naquela tarde ecológica pela Serra Gaúcha, o famtour da Europa Brasileira receberia outra surpresa.
Este passeio, bem como a visita ao Parque do Caracol está incluso na Europa Brasileira. Entretanto, o Skyglass não havia sido inaugurado ainda. A princípio, apenas iríamos lá pra conhecer o local...
Bem, o Skyglass é um dos novos atrativos de Canela. Ele é, basicamente, uma ponte suspensa com o chão de vidro. Ao olhar pra baixo, você terá uma visão a 140 metros de altura do vale da ferradura. E, além da plataforma, há o Abusado...
Tem medo de altura? Tem medo de ficar suspenso em uma cadeira com o chão a 140 metros do seu pé? Bem, outra chance que a Europa Brasileira oferece a você de enfrentar seus medos! O famtour da Europa Brasileira teve a oportunidade de passear pelo Abusado! Até aqueles que morriam de medo de altura não deixaram esse passeio passar. A visão que se tem do vale da ferradura pelo Abusado é completamente extraordinária.
Após toda animação que tivemos no Skyglass era hora de retornar para o centro de Canela. Mas antes de voltarmos ao hotel, tivemos outra parada na Catedral de Pedra. Desta vez, foi por dentro. Subimos na torre e lá de cima vimos toda a pequena cidade e um pôr do Sol magnífico.
Este dia é livre no roteiro, entretanto, o famtour da Europa Brasileira não tem folga!
Começamos o dia visitando o Museu Mundo a Vapor. Vou ser bem sincero, eu nem fazia ideia da existência desse inusitado museu. E, no fim das contas, que lugar bacana! Ele, basicamente, conta a história da tecnologia a vapor através de miniaturas. Além disso, ganhamos um passeio no trenzinho e um baita show de abertura.
Após o Mundo a Vapor, fomos conhecer o Museu da Moda. Outro passeio bem inusitado e informativo.
E, como cortesia da Alletur (uma das três empresas que transportam os turistas pela Europa Brasileira), eles trouxeram o grupo de dança de Treze Tílias para realizar uma pequena amostra do que veríamos na cidade mais austríaca do Brasil.
Como se não fosse suficiente, ainda pela manhã tínhamos outra surpresa. Uma visita ao recém-inaugurado museu do caminhão.
Após o museu do caminhão, tínhamos um último passeio como grupo naquele dia. Uma visita à vitivinícola Jolimont. Este passeio serviu como prévia do que experimentaríamos na próxima cidade, Bento Gonçalves.
Lá tivemos degustação de vinhos. O vizinho da vinícola é uma loja de frios e secos. Aproveitou pra dar um pulinho na nossa degustação e apresentar uns queijos e salames pra casar com os vinhos.
Após diversas uma ou duas taças de vinho, todo mundo estava bem alegre.
Terminamos esse passeio próximo das 15h. Alguns ficaram em Gramado, outros foram pra Canela. Eu aproveitei pra explorar um pouco o centro de Gramado. Afinal, precisava de mais fotos do centro dessa charmosa e singela cidade.
Infelizmente, nesses dias tivemos um desfalque. A guia Carla não continuaria mais a viagem conosco. Entretanto, quando você for realizar a Europa Brasileira tem uma chance em 3 de conhecê-la!
Agora, antes de entrarmos de vez na parte italiana da Europa Brasileira, tínhamos duas rápidas paradas novamente na Alemanha.
A primeira era em Nova Petrópolis, no Esculturas Parque Pedras do Silêncio. Este local é meio que um museu ao ar livre, e nele é contada a história dos imigrantes alemães através de esculturas. Apesar do calor exuberante, o passeio pelo parque foi muito agradável.
Seguimos pra Caxias do Sul, lá fizemos uma parada na outlet da Dakota. Contudo, este foi outro ponto que não agregou muito ao roteiro da Europa Brasileira, sendo assim, ele foi tirado do roteiro. Ainda em Caxias do Sul paramos no Parque Aldeia do Imigrante.
Que parque bonito! E, como curitibano, tenho experiência com parques bonitos. O passeio por este parque foi bem bacana, e nos dividiram em grupos menores devido a pandemia. Além disso, nos deram um copo de chopp!
Ainda faltava um tanto de estrada até Bento Gonçalves. E para chegar até lá precisaríamos de um bom almoço. E Aroldo escolheu um restaurante perfeito pro roteiro da Europa Brasileira; a Cantina Tonet. Ali a parte italiana da Serra Gaúcha vem como uma bolada no peito. Na viagem do famtour, ficou agora evidente a transição da Alemanha para a Itália.
Na Cantina Tonet, antes do almoço, tivemos ainda outra degustação de vinho! Excelente pra abrir o apetite. E após esse banquete com comida italiana, uma sessão de fotos pelo vinhedo.
A chegada em Bento Gonçalves se dá no fim da tarde. Antes de irmos pro hotel, a Europa Brasileira tem uma parada na Epopéia Italiana. Uma peça de teatro que através de diversos cenários conta com humor e muita emoção a história da imigração italiana ao Brasil.
Foi nesse dia que fiquei triste, estava começando a me dar conta que o fim desse maravilhoso roteiro se aproximava. Mas não havia tempo pra tristeza, porque o dia em Bento Gonçalves prometia!
Nesse dia em Bento Gonçalves, recebemos a presença de mais uma guia local, a Viviane.
Um rápido tour panorâmico por Bento Gonçalves e fomos para as malhas G’dom. Lá nos foi apresentado a fábrica e aprendemos como eles fazem os produtos deles. Agora, sabe o que é melhor que comprar um produto de qualidade e com um preço bacana? É comprar esse mesmo produto com desconto.
Saímos da malharia e fomos pra vinícola Miolo. Ok, esse pedaço de Bento Gonçalves é tão italiano que a tarde inteira fiquei com a música tema do Poderoso Chefão na cabeça.
Após a ostensiva degustação de vinho, fomos ao Ristorante Del Pomodoro. Literalmente, restaurante do tomate. Às vezes, até mesmo sonho com o delicioso tomate recheado que provei neste restaurante. Um diferencial do local, além do atendimento e comida de qualidade, é sua lojinha. Lá é possível comprar diversos produtos à base de tomate como, por exemplo, refrigerante.
Falei do atendimento de qualidade do restaurante, mas deixa eu te explicar o nível dessa qualidade. É comum pessoas desenvolverem alergias a diversos tipos de alimentos. O que não é comum, infelizmente, é que são poucos os restaurantes que se adaptam a isso.
Uma das integrantes do famtour possuía alergia a glúten e a farinha de trigo. Imagine a dificuldade que ela passou em um roteiro com tanta polenta frita e peixe empanado. Foi, sem dúvida, muito difícil. Mesmo assim, em minha profunda ignorância, não entendi a dificuldade até este almoço no Ristorante Del Pomodoro.
Eles foram avisados de antemão sobre as alergias da passageira. Com a informação, prepararam tudo de antemão pra ela. Por exemplo, a comida dela foi feita em outra panela pra não correr o risco de se terem resquícios. Chegou a hora de servir é que veio a surpresa. Ela estava almoçando no mesmo tempo que todo mundo, os pratos dela eram servidos junto aos nossos. A emoção rolou solta, e ela agradeceu muito a senhora Alice (ela é a incrível cozinheira do restaurante!) por ter tomado todo o cuidado necessário ao preparar os pratos.
A propósito, quando você comprar o roteiro da Europa Brasileira, caso tenha alguma restrição alimentar, avise seu agente de viagem. O agente repassa para nós e teremos certeza que você não passará fome nem apertos durante a viagem!
O Ristorante Del Pomodoro faz parte dos Caminhos de Pedra. Esta rota é histórica, com diversas casas preservadas. E há também diversos pontos de parada contando a história dos primeiros imigrantes italianos. Além do restaurante, há outras duas paradas no Caminhos de Pedra.
A primeira é a Casa da Erva Mate. Por lá aprendemos tudo sobre a produção de mate e, ao atravessar a rua, visitamos uma loja incrível onde aprendemos a preparar chimarrão. Diversos dos integrantes do famtour compraram seus kits pra tomar em casa! Como eu já tinha o meu, resolvi provar um sorvete de erva de mate!
Após a erva mate, visitamos o que é possivelmente o ponto mais histórico de toda Bento Gonçalves. A vitivinícola e cantina Strapazzon. Aqui a música tema do Poderoso Chefão ficou no volume máximo.
Por fim, tivemos uma parada rápida na praça central de Bento Gonçalves e terminamos a noite em um buffet de pizza. Afinal, quando se está na Itália, esse é o prato que não pode faltar.
Cada vez mais o coração doía do famtour da Europa Brasileira estar chegando ao seu inevitável fim. Mas, é como dizem, “é melhor ter amado viajado e perdido do que nunca ter amado viajado”.
No decorrer dessas incríveis duas semanas já havíamos rodado por diversas cidades representando diversas culturas. Alemanha, Itália, Polônia, Portugal, Ucrânia... E a Europa Brasileira agora estava a caminho da Áustria.
Mesmo sendo países vizinhos, a distância da Itália até a Áustria é considerável. Entretanto, nesse trecho relativamente longo para a Europa Brasileira, as paradas na estrada são incríveis.
A primeira parada é no Mirante Belvedere do Espigão, em Veranópolis. Nesse mirante começamos a dar tchau para as terras gaúchas. E teve até oportunidade de tirar foto com drone.
Chegamos em Erechim para o almoço. Uma cidade de interior bem agradável e com um centro bem surpreendente. Fizemos um rápido tour com o ônibus pelo centro de Erechim e na sequência seguimos pra Cantina Slongo. Esse restaurante fica em uma casa centenária e é uma pérola na cidade.
Após o almoço a secretária de turismo da cidade falou um pouco sobre os diversos atrativos da cidade. Bem como falaram um pouco sobre as políticas que estão implementando em ordem para aumentar o turismo.
Dá-lhe chão. Todos sonolentos após o farto almoço. Teve uma parada em um posto pra esticar a perna. Um até comprou um baralho pra jogar um truco no ônibus!
Eram quase 19 horas quando chegamos em Treze Tílias. A escuridão escondia a sublime beleza da cidade, mas não escondia seu ânimo. Lá estava o grupo folclórico da cidade pra nos receber com mais uma dança e, além disso, com um barril de chopp. Não fosse o suficiente, demos ainda uma parada no bar da Bierbaum pra tomar mais um ou outro chopp e comer uma batata-frita.
A primeira diferença de Treze Tílias pras outras cidades da Europa Brasileira foi o hotel. Os dois hotéis que estão no roteiro (Hotel Schneider e o 13 [dreizehnlinden] Linden), são hotéis rústicos. Esses dois hotéis tem um charme inigualável. Fiquei hospedado no 13 Linden e a visão do meu quarto era muito bacana.
Enfim, a manhã começou com as piadas do guia local, Edson. Já logo cativou o grupo com seu humor e começou a passar as informações da riquíssima história de Treze Tílias.
A primeira parada foi na Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. De lá caminhamos dezenas de metros até o museu Andreas Thaler, também conhecido como “castelinho”. Esse local foi a casa do fundador da cidade, Andreas Thaler. Ainda pela manhã andamos mais pela cidade, conhecemos um pouco sobre o rico costume de esculturas em madeira. Passeamos pela praça e aproveitamos aquele belíssimo cenário de interior.
O walking tour por Treze Tílias foi muito agradável, e deve ter dado quase 200 metros! Piadas a parte, achei incrível o quão pitoresca Treze Tílias é.
Um passeio por esse maravilhoso parque seguido de um almoço tipicamente austríaco. Além disso, teve mais uma incrível apresentação de dança austríaca. E essa foi cheia de humor! Após o almoço ficamos livre para dar uma volta pelo parque.
Treze Tílias surpreendeu muito. A ambientação da cidade é fenomenal. De viagem, até mesmo haviam dois austríacos visitando a cidade. Eles ficaram impressionados com a apresentação da própria cultura deles.
O famtour da Europa Brasileira aproximava-se de seu inevitável fim. Entretanto, aquela tristeza havia sumido, afinal, Treze Tílias foi uma ótima cidade para se “fechar” o roteiro. Lembrando que é possível iniciar o roteiro por essa cidade!
De qualquer forma, demos uma outra parada na fábrica da Bierbaum pra molhar a garganta. Então, nos preparamos pra nosso último trecho de estrada.
Ninguém queria sair. Após tanto tempo sem ninguém viajar, a despedida da estrada tornou-se um tanto temerosa. O que alegrava era que o dia ainda reservava algumas surpresas, bem como, pontos turísticos inusitados.
Acho que eu e o Aroldo éramos os únicos que conheciam a pacata cidade de Mallet antes do famtour. E eu só a conhecia por minha família ser de lá. Uma colônia polonesa e ucraniana, com uma grande plantação de kiwi. O que mais tem na cidade?
A igreja ucraniana mais antiga do Brasil. A Igreja de São Miguel Arcanjo. Centenária e muito bem cuidada pela sua população. Como mencionado, visitamos a réplica em Curitiba. Lá recebemos um emocionante relato sobre a igreja, desde sua construção até um pouco sobre a história dela durante a segunda guerra mundial.
O almoço foi também em Mallet. No hotel fazenda Dorizzon. Lá o almoço foi tipicamente ucraniano e polonês. Vai um pierogi? Além do almoço, tivemos uma apresentação de dança do grupo folclórico ucraniano. Foi nos contado também um pouco dos costumes ucranianos.
Ah, outra coisa pela qual o hotel fazenda Dorizzon é famoso; banho de lama e água sulfurosa. Dois dos integrantes passaram a lama no rosto e, como mágica, já pareciam mais novos.
Uma coisa é certa, na Europa Brasileira, todos se sentiram rejuvenescidos.
Após conhecer um pouco mais o hotel fazenda, de volta para ônibus e de volta para Curitiba.
Vale por um adendo aqui... O dia 15 é do traslado de Curitiba até o aeroporto/rodoviária. É possível, no entanto, comprar extensões para ficar alguns dias no Hotel Fazendo Dorizzon, ou para Foz do Iguaçu!
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>> Lugares para viajar em 2021
Falar que 2020 foi um ano complicado pra todo mundo é praticamente um eufemismo. Participar de uma viagem tão longa então parecia irresponsabilidade. Mas todo mundo usando máscara, o ônibus longe de sua ocupação máxima, passando álcool em gel em todas as subidas e descidas. Bem como, a higienização diária do ônibus (e o filtro do ar condicionado dele de qualidade). Tudo ocorreu bem. Isso são pequenos detalhes de segurança que, aparentemente, em sua maior parte, se tornarão práticas normais. Com ou sem pandemia.
Além disso, cada uma das cidades visitadas deixou um pedacinho dentro de mim. Todas deixando saudade, todas apresentando costumes e valores que aos poucos venho trazendo pra minha vida pessoal. Cada memória inusitada, cada imagem mental, cada pedacinho de conhecimento adquirido.
Viajar é uma experiência muito enriquecedora... Viajar com a Europa Brasileira, então, foi uma experiência sublime. Dessa forma, mal posso esperar pelo desfecho do ambicioso e maravilhoso projeto que é o Travel in Brazil. Nosso país é riquíssimo não somente em paisagens, mas também em história e na cultura miscigenada de nosso povo. Com roteiros turísticos como esse, é possível arranhar a riqueza presente em toda nossa cultura.
A todas as secretarias de turismo das cidades presentes no roteiro. A todos os empresários que investem no ramo com as incríveis atrações presentes no roteiro. Aos donos dos maravilhosos restaurantes e seus incríveis chefs.
A todos os agentes e pessoal da imprensa que participou do famtour. Sem o trabalho de vocês não seria possível divulgar esse incrível projeto.
A toda equipe da Schultz que planejaram e a realizaram esse projeto. Também a equipe do Vital Card, que asseguraram esse famtour e todos os próximos roteiros da Europa Brasileira!
E, é claro, agradecimentos a Aroldo Schultz. Que, com seu otimismo, planejou formas e está ajudando a tornar o turismo mais seguro. Bem como, ajudando a colocar diversas pérolas do interior no Brasil no mapa do turista.